Frequências cardíaca e respiratória são medidas por câmera digital

Frequências cardíaca e respiratória são medidas por câmera digital


Uma câmera de vídeo comum, combinada com um novo programa de computador, fornece um meio preciso para o monitoramento remoto e contínuo, dia e noite, dos batimentos cardíacos e da respiração. O método de baixo custo para monitorar os sinais vitais dos pacientes sem tocar neles pode ter implicações importantes, por exemplo, para o monitoramento de bebês prematuros em UTIs neonatais, que devem sofrer o mínimo possível de manipulação. O sistema também terá grande impacto na telemedicina, possibilitando a detecção rápida de um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral, que geralmente ocorrem em casa. Segundo os pesquisadores, a técnica poderá ainda ajudar no acompanhamento mais realista de animais de laboratório usados em pesquisas científicas. Reflexão da luz "As frequências cardíaca e respiratória, obviamente, nos dizem muito acerca do que está ocorrendo com um indivíduo," explica o Dr. Joe Tsien, neurocientista da Universidade da Geórgia (EUA). "Normalmente, os cuidadores têm que colocar as mãos em um paciente para avaliar essas frequências. Contudo, os nossos algoritmos nos permitem traduzir rapidamente e com precisão, por exemplo, o movimento normalmente imperceptível da pele em uma medida precisa da taxa de respiração," explica ele. Isto é possível porque os vasos sanguíneos se expandem e contraem a cada batimento cardíaco, e mais sangue nos vasos sanguíneos significa mais luz absorvida e menos luz refletida, o que pode ser detectado pela câmera. Já a respiração faz com que um movimento corporal leve produza diferentes comprimentos de onda da luz refletida pelo corpo, o que passa despercebido aos olhos humanos, mas não ao sensor de uma câmera digital. Na verdade, observa Tsien, as duas taxas - batimentos cardíacos e respiração - estão intimamente ligadas e o ritmo da respiração também pode ser calculado com base na frequência cardíaca usando os algoritmos que ele e seus colegas desenvolveram. Fonte: Diário da Saúde