Ginástica laboral proporciona bem-estar físico e emocional :es-->Ginástica lab

Ginástica laboral proporciona bem-estar físico e emocional :es-->Ginástica lab


A prática de exercícios regulares no ambiente de trabalho auxilia no combate ao desgaste emocional e melhora o relacionamento interpessoal   dos trabalhadores, segundo especialistas.  A ginástica laboral consiste em uma série de exercícios, desenvolvidos geralmente no meio da jornada   de trabalho, com o objetivo de quebrar a rotina de movimentos repetitivos e auxiliar na prevenção de lesões. Letícia Oliveira Penaroti, fisioterapeuta responsável pelo programa de   Ginástica Laboral da Conceito Zen, afirma que, além de ajudar em uma   reeducação corporal, a prática da ginástica laboral diminui o surgimento   da LER (Lesão por Esforço Repetitivo). "Dentro dessa síndrome, existem   milhares de doenças: tendinite, tenossinovite, síndrome do túnel do   carpo, bursite, entre outras", explica. "Com a ginástica, elas   diminuem". A ginástica laboral melhora também a condição física e psicológica dos   funcionários e o aumento da integração entre as equipes. "Ela aproxima   pessoas que você, talvez, nem sabia o nome direito. Com isso, a   ginástica melhora não só o relacionamento profissional, mas pode   transformá-lo em uma relação particular, humana", analisa Daniel Claret,   fundador da Health Pro, empresa especializada em oferecer programas de   saúde. Letícia explica que, com a norma reguladora 17, o Ministério do   Trabalho estabeleceu parâmetros para que essa adaptação das condições de   trabalho às características psicofisiológicas dos funcionários   acontecesse. Claret acredita que, de alguma forma, a ginástica laboral atua nas   pessoas, relaxando a cabeça, o corpo e a musculatura como um todo,   ajudando-as a desempenhar melhor suas funções. A introdução da prática de exercícios também beneficia os empregadores.   "Para a empresa, além de reduzir o número de faltas, aumenta a   motivação dos funcionários e isso faz com que eles acabem produzindo   mais", analisa Paulo Roberto Benício, fisioterapeuta e dono da empresa   FIT (Fisioterapia Integrada ao Trabalho).

  Tipos de exercícios

Os exercícios aplicados aos trabalhadores dependem do tipo de esforço a   que estão condicionados. "Em um local onde o funcionário carrega   bastante peso, como em uma fábrica, o maior número de lesões é por   distensões musculares. Nesse tipo de empresa, a ginástica é mais voltada   para o aquecimento", conta Benício. Para esses profissionais, os exercícios devem ser mais dinâmicos, pois   buscam aquecer as articulações e a musculatura, como o polichinelo. Já para quem está condicionado a uma sobrecarga mais estática, como   quem trabalha em escritório, o fisioterapeuta afirma que os exercícios   devem ser de alongamento, estimulando mãos, braços, ombros e coluna   cervical. Quanta à duração, Claret considera três vezes por semana uma média   ideal. Realizada apenas uma vez por semana, a atividade passa a ser   contraproducente. "Se o empregador quer apenas uma vez, é preferível que   leve uma pessoa para fazer uma massagem rápida", avalia. "Vai ser mais   aceito pelos funcionários e terá um efeito muito maior". Benício acrescenta que cada alongamento deve ter entre 10 e 15   segundos, uma vez que o objetivo dos exercícios não é aumentar a   flexibilidade do músculo, mas sim "distensionar" a musculatura.