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| A saúde e a segurança no trabalho dependem de uma combinação entre deveres e obrigações de empresa e trabalhador e podem, uma vez incorporadas como ferramentas de gestão, impulsionar a produtividade. A análise foi feita pela advogada e consultora trabalhista, especialista no tema, Maria Inez Diniz de Medeiros, no último dia 15, durante o evento "Rotas do Futuro", promovido pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), na sede da Regional Sul da entidade, em Pouso Alegre. "Na hora em que o empregado se sente protegido, dentro de um ambiente seguro, estável, sem nocividade ao desenvolvimento de sua atividade laboral, ele vai produzir mais. Na hora em que a empresa busca ferramentas de gestão adequadas, máquinas com proteção e respeita a capacidade individual de cada trabalhador, considerando experiência prévia, idade e condições de trabalho, elas terão êxito na produção", disse a especialista. Segundo ela, os investimentos em segurança e saúde no trabalho não decorrem só da obrigatoriedade legal. "Tem a ver com o desenvolvimento do empreendimento, com bons negócios, com menor custo, menos despesas para a sociedade, para a Previdência e para o governo", afirmou. Maria Inez explicou que o respeito à saúde e segurança no ambiente de trabalho decorre de uma boa gerência. "O empregador deve capacitar os trabalhadores para lidar com as máquinas, com o ambiente de trabalho e proporcionar a implantação e o custeio dos programas de saúde e segurança como ferramenta de gestão", pontuou. Parceria No entanto, a proposta só será satisfatória se empresários e trabalhadores estiverem unidos. "Cabe a responsabilidade da obrigatoriedade e os custos à empresa, mas também é dever dos empregados acatar e exercitar as diretrizes que recebem", destacou a especialista. "Saúde e segurança" é tema do "Rotas do Futuro" deste ano, promovido pela Fiemg. Conforme Maria Inez, o enfoque principal da palestra é estimular as empresas a adotarem um sistema de gestão de segurança e saúde no trabalho. "Conscientizar, informar, repassar normas regulamentadoras, as propostas dessas normas e como elas devem melhor ser executadas. Essa palestra visa uma divulgação, uma democratização das informações técnicas sobre o tema", esclareceu. "Quem saiu na frente foi a indústria, estamos fazendo uma jornada em 14 cidades mineiras repassando informações, vejo isso como um avanço e uma vontade de fazer acontecer do lado empresarial", avaliou. fonte: Revista Proteção |
