Saúde dos executivos brasileiros está pior em 2015
Acompanhando os índices econômicos do país, a saúde dos executivos brasileiros também piorou neste ano, de acordo com uma pesquisa que ouviu 1021 profissionais de média e alta gerência de diversas companhias.
O levantamento, realizado pela empresa de planos de saúde Omint, constatou que das 15 doenças mais frequentes entre esse público, 12 registraram aumento de incidência entre julho de 2014 e julho de 2015, na comparação com o mesmo período do ano passado.
A rinite é a principal enfermidade que afeta os executivos no país (32%), seguida de alergia de pele (23%). No estudo anterior, esses índices foram de 30% e 20%, respectivamente. De acordo com Marcos Loreto, diretor médico da Omint, a explicação está na falta de manutenção e limpeza adequada dos sistemas de ar-condicionado nas empresas, assim como nos carpetes.
"Ficar confinado diariamente por 8 ou 10 horas em um ambiente com essas características produz uma condição propícia para o surgimento de problemas respiratórios e alérgicos, especialmente quando o clima está mais seco", afirma.
O pódio se completa com o excesso de peso, que subiu de 18% para 20%. No ranking dos males detectados com maior frequência neste ano entre os executivos também estão dor de pescoço e de ombros (19%), ansiedade (19%), enxaqueca (18%) e depressão (8,15%). "São problemas que se relacionam diretamente com estresse, tensão, sobrecarga de trabalho e aumento da pressão por resultados", ressalta Loreto.
O especialista afirma que o crescimento dessas porcentagens, embora relativamente pequeno (na casa de 1% cada, em média), tem sido contínuo. "Isso é preocupante, pois levando em conta o atual cenário do país, a tendência é que a saúde dos executivos continue piorando", afirma o médico.
O quadro vai muito além da queda na qualidade de vida e representa até mesmo riscos mais graves. O percentual de executivos com Risco Cardiovascular Aumentado (RCA), condição em que o paciente apresenta sintoma de duas doenças crônicas importantes como diabetes, colesterol alto ou hipertensão arterial, por exemplo, subiu de 7%, no estudo anterior, para 9%.
A Omint avaliou também alguns hábitos de vida dos executivos de média e alta gerência. Enquanto no ano passado 97% indicaram que não mantinham uma alimentação equilibrada no dia a dia, agora 92,8% afirmaram o mesmo. O número de executivos sedentários, porém, aumentou de 41,7% para 45%.
Fonte: ANAMT